da mesma forma que a adulação dos amigos nos perverte, as repreensões dos inimigos muitas vezes corrigem-nos
|
dá ouvidos a todos, mas a poucos a voz. Ouve a opinião dos outros, mas julga por ti próprio
|
de quantas preocupações nos livramos quando decidimos não ser algo, mas sim ser alguém
|
de que está a Unesco à espera para declarar todo o planeta património da humanidade?
|
de que serve viver, se não se tiver coragem de lutar?
|
de todas as aberrações sexuais, talvez a mais bizarra é a castidade
|
de todas as coisas que são certas, a mais certa é a dúvida
|
de todas as pragas que afligem a humanidade, a pior é a tirania eclesiástica
|
de um grande homem temos sempre algo a aprender, mesmo quando estiver calado
|
de vez em quando é bom tomar consciência de que precisamente hoje, precisamente agora, estamos a criar as nostalgias que nos reconfortarão num eventual amanhã
|
de vez em quando, diz a verdade, para que se acreditem em ti quando mentires
|
decepcionei-me também com a natureza humana e desisti porque a achava demasiado parecida com a minha
|
dedico esta edição aos meus inimigos, que tanto me ajudaram na minha carreira
|
dediquei-me a investigar o que é a vida, e não sei porquê nem para quê ela existe
|
definir uma palavra é como capturar uma borboleta no ar
|
deixa-te guiar pela criança que foste - José Saramago
|
deixarás de temer, se deixares de esperar
|
deixarás que o medo da pobreza governe a tua vida e a tua recompensa será que comerás mas não viverás
|
deixem-me dizer-vos algo que nós. Israelitas, temos contra Moisés: fez-nos caminhar durante quarenta anos para nos levar para o único ponto do Médio Oriente onde não há petróleo
|
deixem-me emitir e controlar o dinheiro de uma nação e não me importarei com quem faz as leis
|
democracia é o nome que damos às pessoas sempre que precisamos delas
|
democracia: não tendo conseguido fazer com que aquilo que é justo fosse forte, conseguiu-se fazer com que aquilo que é forte fosse justo
|
demonstrar que tenho razão significaria admitir que poderia estar enganado
|
demorei quinze anos a descobrir que não tinha talento para escrever, mas não pude desistir porque por essa altura era demasiado famoso
|
dentro de cada cínico, há um idealista desiludido
|
depois de ter desprestigiado a virtude, este século conseguiu desprestigiar o vício
|
depois veio o progresso e destruiu tudo. Foi pior que a guerra, porque se a guerra destruiu coisas, o progresso destruiu o nosso modo de vida
|
descobrimos assim uma verdade simples e dupla: primeiro, somos uma comunidade de povos que fala a mesma língua e segundo, falá-la é uma maneira, entre outras, de sermos humanos
|
descobrir um país e invadi-lo foi siempre a mesma coisa
|
desconfia dos primeiros impulsos, pois quase sempre são bons
|
desconfiar das palavras é muito menos prejudicial do que confiar excessivamente nelas
|
desculpem se lhes chamo cavalheiros, mas não vos conheço muito bem
|
desde a sua origem, os grandes bancos, engalanados com denominações nacionais, não eram mais que sociedades de especuladores privados que se estabeleciam ao lado dos governos...
|
deseja arruinar a reputação de determinada pessoa? Fale muito bem dela
|
desejar as mesmas coisas e não desejar as mesmas coisas, nisto se baseia a verdadeira amizade
|
desejo pouco e o pouco que desejo, desejo-o pouco
|
detestei os meus anos no Parlamento tanto quanto detestei os meus anos no colégio Azeglio, em Turim. Uma completa e inútil perda de tempo
|
Deus criou o homem e, vendo que ele não estava suficientemente só, deu-lhe uma companheira para o fazer sentir ainda mais a sua solidão
|
Deus não pode modificar o passado. Por isso, é obrigado a tolerar a existência dos historiadores
|
Deus perdoar-me-á. É o seu trabalho
|
Deus, como uma vírgula, pode mudar tudo
|
deve haver qualquer coisa de errado com o trabalho, senão os ricos já se teriam apropriado dele
|
devemos desconfiar das inovações supérfluas, sobretudo quando são guiadas pela lógica
|
devemos desconfiar de qualquer empresa que exija roupa nova
|
devemos ler, não para nos esquecermos de nós mesmos e da nossa vida quotidiana, mas, pelo contrário, para enfrentar a vida com mais firmeza, consciência e maturidade
|
devemos lutar pela paz utilizando instrumentos pacíficos
|
devemos ser modestos e lembrar-nos que os outros são inferiores a nós
|
dever é aquilo que esperamos que os outros façam
|
deveríamos estar sempre apaixonados. Esta é a razão pela qual nunca deveríamos casar
|
deveríamos pensar mais em fazer o bem que em estar bem. Acabaríamos, assim, por nos sentirmos melhor
|
devo ser louco; mas se não for, os outros também não deveriam andar soltos
|
digamos que existem dois tipos de mentes poéticas: uma apta a inventar fábulas e outra disposta a acreditar nelas
|
disseram-me que alguns mortos eram necessários para chegar a um mundo onde mais ninguém seria morto
|
distrair-se significa quase sempre mudar de aborrecimento
|
divorciarmo-nos só porque não amamos um homem é quase tão estúpido como casarmo-nos porque o amamos
|
dizem que o dinheiro compra tudo. Não é verdade. Pode comprar-se alimentos mas não o apetite, medicina mas não a saúde, uma cama confortável mas não o sonho, conhecimentos mas não a inteligência, aparências mas não o bem-estar, diversão mas não o prazer, conhecidos mas não a amizade, criados mas não fidelidade, cabelos grilhalhos mas não a honra, dias tranquilos mas não a paz. Com dinheiro pode comprar-se a casca de tudo, mas não o caroço. Isso o dinheiro não compra
|
dizer a verdade em má fé deveria ser considerado desonesto
|
dizer sim a tudo e a todos é como não existir
|
do cérebro, e apenas do cérebro, surgem os prazeres, as alegrias, as risadas e as brincadeiras, bem como a dor e as amarguras
|
domina a matéria, as palavras virão por si
|
dos fumadores podemos aprender a tolerância. Não conheço nenhum que se tenha queixado dos não fumadores
|
dos meus disparates de juventude, do que me arrependo não é tê-los cometido, mas sim não poder voltar a cometê-los
|
durante a sua vida, um homem pode mudar de mulher, de partido político ou de religião, mas nunca de equipa de futebol
|
duvidar de si próprio é o primeiro sinal de inteligência
|