Logos Multilingual Portal

Select Language



[ No Biography for this Author ]

a dúvida é um dos nomes da inteligência
a morte é uma vida vivida. A vida é uma morte que vem
a realidade é o que a maioria vê como realidade
amar o inimigo (como pede o Evangelho) não é uma tarefa para homens mas sim para anjos
cometi o pior pecado que poderia ter cometido: não fui feliz
creio que, com o tempo, mereceremos que não existam governos
em geral, cada país tem a língua que merece
enquanto dura o remorso, dura a culpa
há comunistas que consideram que ser anti-comunista é ser fascista. Isto é tão incompreensível como dizer que não ser católico é ser mórmon
infelizmente, é possível estar apaixonado aos oitenta anos. Eu escrevo precisamente para não pensar no amor
na minha época não havia best-sellers e não podíamos prostituir-nos. Não havia quem comprasse a nossa prostituição
nada se constrói sobre pedra; tudo se constrói sobre areia, mas devemos construir como se a areia fosse pedra
não bebo álcool. Não por virtude, mas porque há uma bebida de que gosto mais: a água
não sei nada da literatura actual. Há algum teempo que os meus contemporâneos são os gregos
ninguém é o que é por aquilo que escreve, mas sim por aquilo que leu
nunca pensei, ao escrever, em aproximar-me do povo. Bom, na realidade, não pensei em aproximar-me de ninguém
o futebol é popular porque a estupidez é popular
o homem bom é inteligente e o mau é também imbecil. As características morais aliam-se às intelectuais
o inferno e o paraíso parecem-me desproporcionados. As acções dos homens não merecem tanto
o livro é uma das fontes de felicidade que temos
o original é infiel à tradução
o patriotismo é a menos perspicaz das paixões
onde vais, Ivan? Vou a Minsk. Mentes, Ian! Dizes-me que vais a Minsk, para que eu acredite que vais a Moscovo, mas na verdade vais a Minsk. Mentes, Ivan!
ordenar uma biblioteca é uma maneira silenciosa de exercer a arte da crítica
os outros que se vangloriem das páginas que escreveram; eu orgulho-me das que li
quando adormecemos, esquecemo-nos de nós mesmos. E ao acordar, lembramo-nos
somos a nossa memória, somos esse quimérico museu de formas inconstantes, esse monte de espelhos partidos
talvez a ética seja uma ciência que desapareceu do mundo inteiro. Não importa, teremos que inventá-la outra vez
tocou-lhe, como a todos os homens, viver em tempos difíceis
todas as palavras foram, um dia, um neologismo